O pênalti marcado para o Grêmio em jogo contra o Bahia foi o lance que marcou a partida vencida pelo time gaúcho por 1 a 0, neste domingo (25), na Arena do Grêmio.
Na coletiva pós-jogo do técnico Rogério Ceni, a arbitragem foi, como se esperava, o tema central das perguntas feitas pelos jornalistas presentes na arena gremista.
Sem papas na língua, o treinador do Esquadrão estendeu as críticas da arbitragem para o VAR e detonou também a própria CBF.
“O que ele fez hoje não é erro, é uma outra palavra. O erro do árbitro é dar o pênalti, depois que ele vai ao VAR já não é mais ele. Aí é outra coisa que eu não sei o que é. Não adianta pressionar os árbitros dentro de campo, fica mais difícil apitar, mas quando ele vai ao VAR, olha e mantém a decisão, aí é uma coisa bem mais grave”.
Sobre a CBF, o treinador afirmou que não se sabe mais quem está no comando e disse ainda que o futebol brasileiro precisa ser revisto.
“A gente não sabe mais nada da CBF, quem está, quem é eleito, está uma bagunça grande. A gente solicitou uma mudança de jogo contra o São Paulo por uma questão fisiológica e não atenderam a gente para dar prioridade à grade de programação da TV. Chegou em um ponto que não tem mais para onde recorrer”.
“Vamos ter que rever o futebol brasileiro para onde vai. Depois que ele vai ao VAR deixa de ser um erro e vira uma coisa mais grave”.
Como Rogério Ceni viu a atuação do Bahia contra o Grêmio
O treinador falou ainda sobre o desempenho do Bahia na arena gremista. Para ele, o time tricolor precisa de mais ‘ambição para finalizar’.
Sobre o jogo, acho que fizemos um bom primeiro tempo, criamos oportunidades e ficamos muito próximos do gol. O erro do árbitro é primordial, determinante, mas podemos conseguir coisas melhores na partida se tiver mais ambição para finalizar. Não podemos esconder nossas deficiências”.
Ceni afirma ainda que o Bahia poderia ter vencido o jogo caso aproveitasse as oportunidades criadas no primeiro tempo.
“Poderíamos ter vencido o Grêmio no primeiro tempo. Temos que aprender a vencer também esse tipo de jogo, faz parte do jogo, o Grêmio fez pressão por causa de jogos anteriores. A gente teve bom controle de jogo, chegamos na linha de fundo, mas depois que tomamos o gol de pênalti ficamos um pouco desesperados. O Grêmio também baixou as linhas, dificultou um pouco mais. Quando estava 0 a 0 eles precisavam fazer o gol e ofereciam espaços. Depois a gente viveu muito de cruzamentos, mas não temos um nove com ponto forte de cabeceio. A gente precisava ter feito uma vantagem para que quando o árbitro fosse fazer o que fez, a gente já estivesse em vantagem. Temos que aprender a dar valor às oportunidades que acontecem para ser um time de G-4, de G-6. Jogamos fora uma oportunidade, precisamos de mais ímpeto, de desejo de vencer jogos e impor isso dentro de jogo. A segunda parte fica pelo árbitro. O que ele fez hoje não é erro, é uma outra palavra”.
O Bahia voltará a campo na quarta-feira (28), contra o Internacional, no Beira-Rio.